Na revista Proteste deste mês vem um artigo que fala sobre os riscos do uso do esmalte.
Substâncias que podem ser prejudiciais à saúde foram encontradas na maioria dos produtos testados.
Comparamos a qualidade dos esmaltes, considerando a sua durabilidade, abrasividade, tempo de secagem e brilho. Entre as conclusões a que chegamos, destacamos três resultados: o melhor do teste (que também é uma das escolhas certas) é antialérgico, apesar de não divulgar em seu rótulo; uma das marcas que se diz antialérgica, na realidade, não é.
O grave, porém, é que alguns dos produtos mais vendidos do país contêm ingredientes que podem provocar não apenas alergias, mas também câncer.
Fórmulas com toluene em excesso
Em geral, os esmaltes trazem vários componentes que podem ser prejudiciais à saúde. Por isso, medimos a concentração dos mais prováveis de serem encontrados nesse tipo de produto – e encontramos altas concentrações na maioria dos produtos testados. As substâncias analisadas – cujos nomes apresentamos da maneira como aparecem no rótulo dos esmaltes – foramdibutyl phtalate (banido em cosméticos, inclusive esmaltes, em toda a Europa), nitrotoluene, toluene e furfural (compostos comprovadamente cancerígenos).
No caso do dibutyl phtalate e do nitrotoluene, não existem referências aos mesmos na legislação brasileira. Já toluene e furfural não possuem limites para uso em nossa legislação. Analisando pelas normas europeias, a quantidade máxima permitida de toluene é de 25% (250.000 mg/kg) e a de furfural, 360 mg/kg.
Os únicos produtos brasileiros que poderiam ser comercializados nos países europeus são os da Colorama e os hipoalergênicos da Risqué. Os produtos da Impala (inclusive os da linha hipoalergênica) contêm dibutylphtalate e toluene em concentrações muito altas e os produtos tradicionais da Risqué apresentam nitrotoluene e toluene em grandes quantidades. Por isso, esses produtos receberam uma avaliação ruim nesse item, o que prejudicou sua avaliação final.
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