No momento em que se discute tanto sobre racismo, homofobia, ou qualquer outro tipo de preconceito, um "representante" do povo usa um programa de tv para demonstrar o quanto é preconceituoso. Como voces poderão ver os dois preconceitos acima estão presentes no caso relatado abaixo. Vejamos.
Aos mesmo tempo que alguns dos principais representantes dos direitos da população negra estão reunidos em Brasília, para discutir o tema racismo no Seminário Racismo, Igualdade e Políticas Públicas, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados Federais, as organizações da sociedade civil e os parlamentares estão preparando uma representação contra Jair Bolsonaro, deputado federal do Partido Progressista (PP) eleito pelo Rio de Janeiro. A representação deverá ser encaminhada à Procuradoria Geral da República com pedido de abertura de um processo legal contra o deputado por práticas recorrentes de injúrias, ofensas à dignidade e incitação da discriminação e de preconceitos.
A iniciativa é uma resposta às afirmações de cunho racista proferidas pelo deputado no programa CQC, veiculado segunda-feira, 28 de março. Nele, Bolsonaro, ao ser indagado pela cantora Preta Gil “se seu filho se apaixonasse por uma negra, o que você faria?”, afirma: “ô Preta, eu não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja, eu não corro esse risco porque meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambientes como lamentavelmente é o seu”.
O Instituto de Estudos Socioecônomicos (Inesc), que realiza um seminário sobre racismo dias 30 e 31 de março, na Universidade de Brasília, foi uma das primeiras entidades a assinar o documento. Segundo Alexandre Ciconello, assessor político do Inesc, a conduta do deputado se no artigo 20 da Lei Caó (Lei 7716/89) e também no inciso XLII do art. 5º da Constituição Federal. “Se esse tipo de atitude não configurar crime de racismo, o melhor a fazer é rasgar a Lei e também a Constituição Federal” – ressalta.
Ainda de acordo com Ciconello, a Constituição é explícita ao repudiar o racismo como prática social, considerando-o um crime imprescritível e inafiançável. “Esse tipo de denúncia pode acontecer em qualquer momento, mesmo muitos anos após a realização da ação discriminatória, e não pode haver liberdade provisória para o acusado mediante o pagamento de fiança” – explica.
Tentando se justificar, o deputado demonstra a meu ver o quanto é preconceituoso e que jamais deveria estar ocupando um cargo tão importante como o que ocupa. De acordo com o trecho da entrevista e portanto do díalogo com Preta Gil, a pergunta dela é bem clara não deixando margem para errado entendimento.
Vejam a nota divulgada no blog do deputado.
NOTA DE ESCLARECIMENTO
A respeito de minha resposta à cantora Preta Gil, veiculada no Programa CQC, da TV Bandeirantes, na noite do dia 28/03/2011, são oportunos alguns esclarecimentos.
A resposta dada deve-se a errado entendimento da pergunta - percebida, equivocadamente, como questionamento a eventual namoro de meu filho com um gay.
Daí a resposta: “Não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Não corro esse risco porque os meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambientes como lamentavelmente é o teu.”
Todos aqueles que assistam, integralmente, a minha participação no programa, poderão constatar que, em nenhum momento, manifestei qualquer expressão de racismo. Ao responder por que sou contra cotas raciais, afirmei ser contrário a qualquer cota e justifiquei explicando que não viajaria em um avião pilotado por cotista nem gostaria de ser operado por médico cotista, sem me referir a cor.
O próprio apresentador, Marcelo Tas, ao comentar a entrevista, manifestou-se no sentido de que eu não deveria ter entendido a pergunta, o que realmente aconteceu.
Reitero que não sou apologista do homossexualismo, por entender que tal prática não seja motivo de orgulho. Entretanto, não sou homofóbico e respeito as posições de cada um; com relação ao racismo, meus inúmeros amigos e funcionários afrodescendentes podem responder por mim.
Atenciosamente,
JAIR BOLSONARO
www.bolsonaro.com.br
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