Fiquei ao mesmo tempo triste por ver como é o descaso para cantores como Cauby. Muitos da mídia fazem questão de esquecer um dos ícones da música popular brasileira e até eu mesma fiquei surpresa com a carreira deste cantor, isto é claro, em virtude da pouca mídia sobre o mesmo.
Nossa o cara é o “cara” e é tão pouco valorizado. No mesmo programa uma polêmica. Uns baianos estavam lá brigando pela autoria da música do momento “minha mulher não manda em mim”. Pense numa diferença, num extremo de assuntos e de bom gosto...
Nossa o cara é o “cara” e é tão pouco valorizado. No mesmo programa uma polêmica. Uns baianos estavam lá brigando pela autoria da música do momento “minha mulher não manda em mim”. Pense numa diferença, num extremo de assuntos e de bom gosto...
Infelizmente é isso que vemos no dia-adia. Músicas e artistas descartáveis, aparecem com um sucesso e depois somem tão rápido como apareceram. E esta lista de descartáveis é imensaaaaa. As bandas de forró metalizado ou universitário (não sei bem o porquê deste nome) são tão iguais que dificilmente você consegue distinguir uma da outra.
Sempre que ouço uma música na rádio pergunto, que banda é essa? São todas iguais e infelizmente é o lixo musical a que somos submetidos. Lembro de uma pessoa que dizia “vou desligar esse rádio, pois meu ouvido não é penico”. É meu amigo...
Lembrando disto, lembrei de um fato que aconteceu em Guarabira recentemente durante a Festa da Luz. A Banda Garota Safada, contratada pela prefeitura de Guarabira, por estar na “mídia”, para animar a festa da Padroeira, deixou para trás uma imagem nada bonita.
A banda emporcalhou o camarim e não pensem que foi só a comida desperdiçada, jogada em todos os cantos, pois jogaram muito mais... uma vergonha e espero que não volte mais a nossa cidade, principalmente depois de terem também deixado a imprensa a esperar e sem satisfação. Uma nojeira mesmo.
Mas vamos voltar a falar do que é bom e de bom gosto. O Cauby está aí com seus 80 anos de vida e 60 de carreira levando o que é bom para nossos ouvidos.
Cauby Peixoto, uma das vozes mais aplaudidas da era do rádio, comemora esta quinta-feira 80 anos. Carioca de Niterói, ele nasceu numa família marcada pela música: seu pai tocava violão, sua mãe bandolim, seu tio Romualdo Peixoto era pianista e o primo Ciro Monteiro era cantor e compositor famoso. Assim, seguir a tradição da família foi um caminho natural para ele e seus irmãos, que se tornaram instrumentistas.
Cauby começou a cantar num coral de igreja ainda no colégio e, em 1949, participou de um programa de calouros da Rádio Tupi, quando chamou a atenção pelo timbre de sua voz e ganhou elogios na Revista do Rádio. Lançou seu primeiro disco em 1951 e, no ano seguinte, se mudou para São Paulo, onde começou a se apresentar na boate Oásis, com o seu irmão, e na Rádio Excelsior.
Sua carreira começou a deslanchar em 1954, quando conheceu o empresário Di Veras, que buscava novos talentos para a Rádio Nacional. Famosa, a emissora tinha em seu elenco ídolos como Emilinha Borba e Orlando Silva. Seu lançamento foi preparado aos moldes norte-americanos, com estratégias de publicidade e promoção, o que o fez um ídolo da juventude em pouco tempo. Entre as estratégias, encabeçadas por Di Veras, o cantor passou a usar roupas extravagantes e também teve seus dentes arrancados e substituídos, para "melhorar" a imagem de galã que levava as fãs ao delírio.
O sucesso foi imediato! Ele foi eleito por cinco anos consecutivos o cantor mais popular do país, e sua agenda lotada incluia viagens para os Estados Unidos, onde usava o nome Ron Coby. Era considerado, na época, o Frank Sinatra brasileiro.
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