sexta-feira, 14 de maio de 2010

Estudo aponta o que leva o brasileiro a trocar de emprego


O brasileiro está entre os mais exigentes do mundo na hora de avaliar se permanece ou não em uma empresa. O dado faz parte de pesquisa global realizada pela Robert Half, do setor de recrutamento, com mais de 3 mil profissionais de média e alta gerência em 13 países.


Entre os fatores levados em consideração pelo profissional brasileiro, o aumento de salário aparece em primeiro lugar, com 56% das respostas. Em seguida vêm benefícios extras (50%), horários flexíveis (43%) e treinamento (40%).


A questão salarial é apontada como fator decisivo também em outros países, como França, onde 63% dos entrevistados responderam ser esse o ponto mais importante, Alemanha (48%), Irlanda (55%), Espanha e Itália (ambos com 58%).


É em outros pontos da pesquisa, entretanto, que o brasileiro mostra ser mais preocupado com o desenvolvimento profissional do que seus colegas estrangeiros. Ter um plano de carreira bem definido, por exemplo, foi apontado por 39% de nossos executivos como fator primordial para permanecer na empresa, o maior índice entre todos os pesquisados. Treinamento (40%) e benefícios extras também são preocupações mais recorrentes entre os brasileiros.


Outro aspecto importante para nossos executivos é a possibilidade de trabalhar em casa, escolhido por 37% dos entrevistados. Na França e na Bélgica, por exemplo, esse índice fica abaixo dos 20%.


As companhias brasileiras também parecem reconhecer o crescimento profissional como atrativo para reter o funcionário. Não à toa, um plano de carreira claro foi apontado por 37% das nossas empresas, contra 26% na Espanha, 25% na Irlanda e 22% na Itália. Aqui o aumento salarial aparece apenas em sétimo lugar (19%), mostrando que, para aqueles responsáveis pela contratação, mais importante que pagar bem é garantir a qualificação e o estímulo ao empregado.


“As empresas tendem a reter seus colaboradores com ferramentas que trazem um valor agregado para elas”, diz Fabio Saad, gerente da divisão de Mercado Financeiro da Robert Half.
A pesquisa ouviu executivos de média e alta gerência da Áustria, Bélgica, Brasil, República Tcheca, Dubai, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Espanha, Suíça e Holanda. As entrevistas foram realizadas no primeiro trimestre do ano. No Brasil, foram ouvidas 227 pessoas.

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