Como hoje é dia do professor, atendendo a pedidos resolvi republicar a matéria que fala da professora Josefa. Ela esteve no início deste ano na UEPB e na época fiz a matéria abaixo. Ela representa bem esta categoria incansável na busca pelo melhor para seus alunos.
Ao mesmo tempo lembro de uma outra professora que nestas quinta-feira (14) estava querendo combinar com os alunos para faltarem a aula hoje. Quanta diferença.
Vamos a matéria.
Depois de um dia cheio de atividades, ainda arranjo tempo para ir até a Universidade onde curso História no turno da noite.
Nesta terça-feira, lá estava eu para mais um dia de aula. Foi quando o professor Carlos Adriano nos informou que não daria sua aula, pois seria realizado o encontro de professores da disciplina “Práticas”.
Recebemos os professores e com eles estava a professora Josefa. Ao chegar não sabia de quem se tratava, achei que era apenas mais uma aluna das outras turmas que participariam do encontro.
A professora Marisa fez as apresentações e tive a grata satisfação de conhecer a professora Josefa. Uma mulher que para muitos seria apenas mais uma vítima de preconceitos (baixinha, negra e deficiente).
Menina pobre de uma cidadezinha de Pernambuco. Sem condições financeiras ainda por cima. A sua deficiência era motivo de preocupação para a mãe que via a menina se esforçar para ir para a escola, mesmo sendo distante de sua residência.
Na adolescência veio morar na Paraíba na cidade de Santa Rita, onde mora até os dias atuais. Continuando com os estudos, disse ter sido incentivada a fazer Letras. Cursou o primeiro ano no Campus III da UEPB – Guarabira.
Em 2009 foi convidada a dar aulas em uma escola da rede pública municipal de João Pessoa. A escola situada em um bairro onde os noticiários policiais são uma constante em face da violência existente.
Se apresentou e logo os professores a alertaram a tomar precauções quanto a levar qualquer objeto de valor, por ser arriscado. Foi assim que Josefa chegou naquela escola.
Hoje depois de apenas um ano de trabalho a situação é diferente em virtude das práticas pedagógicas por ela utilizada. Um simples gesto de dividir alguma coisa com os alunos fez com que laços fossem criados e o respeito chegou fazendo-a sentir-se realizada na profissão de educadora.
Neste período é claro que Josefa passou por problemas, mas, uma coisa chamou atenção nas palavras da professora. Apesar das dificuldades enfrentadas em nenhum momento ela falou mal da escola, gestores ou até mesmo da Prefeitura...
A história de Josefa, nos mostra que ainda há esperanças para uma vida melhor. Um dia que os professores não precisem se armar para defender a própria vida.
Um dia em que os alunos não precisem sair de casa para a escola apenas em busca de um prato de comida mais de sabedoria.
Aos poucos Josefa está conseguindo isto. Deixo aqui meus parabéns.
REVOLTA DO QUEBRA-QUILOS
Há 2 anos
boa tarde a todos bela postagem muito bom venha fazer parte do blog do (jefersonaraujosouza) boa tarde para todos
ResponderExcluireu jefferson gostaria de parabénizar a todos que fazem esse blog e o que o blog do jefersonaraujosouza desaja atodos
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