sábado, 11 de fevereiro de 2012

Monique Evans receberá prêmio mais de seis meses após fim de "A Fazenda"

DE SÃO PAULO
Monique Evans receberá o carro que ganhou durante "A Fazenda 4" (Record) mais de seis meses após o final do reality show.

Segundo contou, apenas neste sábado (11), a produção do programa entrou em contato com ela para dar detalhes do automóvel.

"Hoje a produção de 'A Fazenda' me ligou avisando que meu carro é um Nissan", disse no Twitter. "Não sabem o modelo, e recebo em maio, não sabem o dia!"

Apesar das informações soltas, a apresentadora disse que estava feliz com o fato de finalmente receber o prêmio.

"Tomara que seja um carro grande, porque vivo carregando coisas e quadros", afirmou, antes de pesquisar os carros da fabricante e chegar à conclusão de que ganharia um modelo pequeno.

"Para mim não rola carro de menina que não faz nada", contou. "Vou ter que vender e arrumar o meu velho!!! Mas tá ótimoo!!! Não é???"

Já Joana Machado, vencedora da quarta edição do reality show, recebeu os dois carros que ganhou durante o programa em janeiro.

A atração foi ao ar até o dia 12 de outubro do ano passado.

Cantora Whitney Houston morre aos 48 anos

A cantora Whitney Houston morreu aos 48 anos neste sábado (11), segundo informações da agência de notícias Associated Press. De acordo com a empresária da cantora, Kristen Foster, as causas da morte e o local em que a artista foi encontrada ainda são desconhecidos.
Ela era considerada a rainha da música pop até que sua voz e imagem foram destruídas pelo uso de drogas e a vida pessoal tumultuada com seu último marido, o cantor Bobby Brown.

No auge, Whitney foi considerada a "garota de ouro" da indústria fonográfica. Entre o meio dos anos 80 e o fim dos anos 90 , ela foi uma das artistas que teve o maior número de vendagens de discos. Ela maravilhava as pessoas com sua voz poderosa, criada na Igreja Batista, mas ao mesmo tempo palatável para o gosto do grande público.
O sucesso a levou da música para o cinema, onde atuou em sucessos como "O Guarda-Costas" e "Falando de Amor". A cantora influenciou uma geração de cantoras tais como Christina Aguilera e Mariah Carey.

No final de sua carreira, Houston tornou-se célebre por abusar das drogas. As vendas de seus álbuns diminuíram, e sua imagem serena foi abalada por um comportamento violento e aparições públicas bizarras. Ela confessou ter abusado de maconha, cocaína e comprimidos, e sua voz foi ficando cada vez mais rouca, fazendo com que ela não conseguisse atingir as altas notas que a tornaram famosa.
Ela deixa uma filha, Bobbi Kristina, fruto de seu casamento com Bobby Brown. Eles ficaram juntos entre 1992 e 2007.
 E lamentável como muita gente depois que alcança a fama não consegue viver sem os vícios. Eu e milhoes de pessoas curtimos muito as músicas desta cantora e  incontáveis as vezes que assistimos ao Guarda Costas. Pena que ela não forte o suficiente para vencer o vício. Perdemos todos com a ausência desta voz que um dia foi maravilhosa de ouvir. 

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A VISÃO DE VERÍSSIMO SOBRE O BBB. - PARA REFLETIR MUITO



Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço. A nova edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.

Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo e valores morais, com tamanho atentado à nossa modesta inteligência.

Impossível assistir ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros...Todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterossexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE.

Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um “zoológico humano divertido”. Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.

Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade do brasileiro.
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis.


~ Caminho árduo?
~ Heróis?
~ São esses nossos exemplos de heróis?

Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados.

Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo dia.
Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna. Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns).

Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão e meio de reais. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por de tra$$$$$ $$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão ...

Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores)

Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespec-tadores. Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar..., ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins..., telefonar para um amigo..., visitar os avós..., pescar..., brincar com as crianças..., namorar... ou simplesmente dormir.
Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade.

Esta crônica está sendo divulgada pela internet a milhões de e-mails.
"Somos responsáveis por aquilo que fazemos, o que não fazemos e o que impedimos de ser feito."
Luis Fernando Veríssimo. É cronista e escritor brasileiro.

BATAM PALMAS PARA ELE. concordo com tudo isto escrito muito bem por Veríssimo. é verdadairamente uma vergonha Bial se passar para apresentar umprograma de tão baixo nível como o BBB que é uma big big b....

O TER PELO TER


A sociedade de consumo: uma sociedade de colecionadores?

Rizzatto Nunes

Meu amigo Walter Ego conta que certa vez foi convidado para ir com outro amigo dele a um jantar na casa de um empresário. " Modo de dizer ", disse ele. " É que o empresário era investidor de empresas falidas...
Sei lá. Mas tinha muito dinheiro, pelo menos pelo que pude ver de sua casa e demais coisas e também do que ele falava ".

Pois bem. Conta meu amigo que lá chegando, foram convidados para irem ao andar debaixo, numa espécie de subsolo, para conhecer a adega de vinhos.
Suntuosa, muito bem equipada e com um estoque de centenas de garrafas, muitas delas raras adquiridas em leilões internacionais e, claro, caríssimas. Todas devidamente catalogadas pelo próprio proprietário que, com muito orgulho, as mostrou dando ênfase em vários rótulos.

W. Ego se animou. Pensou: " Me dei bem. Hoje tomarei um vinho que jamais poderia tomar ". Mas, que nada. Feita a visita à adega, o anfitrião os levou para o andar térreo até outras três adegas dessas compradas em lojas de eletrodomésticos (embora das maiores e mais sofisticadas) e, abrindo uma das
portas, escolheu duas garrafas de vinho e dali dirigiram-se à mesa para o jantar. Eram bons vinhos, mas nada que pudesse fazer frente aos raros e espetaculares da adega e que chegaram a passear nos sonhos de meu amigo.

Depois, quando deu, W. Ego perguntou ao outro amigo: " Ele não bebe os vinhos lá debaixo? ". " Não ", respondeu o amigo, " é só para ver. Não para beber ". Walter Ego retrucou: " Ele nunca beberá? Nem em ocasiões especiais?
Ou com pessoas especiais? ". " Acho que não. Até porque, pela idade dele e com tantas garrafas armazenadas, para toma-las todas ele já deveria ter começado a fazê-lo há muito tempo. E essas que ele bebe, ele compra a toda hora ".

Quando W. Ego me contou essa história, disse: " O sujeito compra um monte de vinhos só para olhar para os rótulos e garrafas? Ele as admira como se fossem troféus! Se ainda guardasse como investimento, se deixasse os vinhos envelhecerem e depois os vendesse... Ou, então, podia guardar as garrafas vazias junto das avaliações feitas após ter bebido o conteúdo! ".

Essa história de meu amigo fez-me lembrar de um artigo que eu li há muitos anos numa revista de avião e que teve forte impacto em mim. Era um pequeno texto desses que pedem que nós reflitamos sobre algo em nossas vidas e que, talvez, por falta de tempo nós acabamos não dando tanta importância ou mesmo porque aceitamos sem querer as coisas como elas são, como elas se apresentam ou como são impostas, determinadas pelas circunstâncias sociais, etc. O texto dizia mais ou menos o seguinte.

O escritor contava a estória de um homem, casado, que entrara no quarto do casal e abrira a gaveta da cômoda onde sua mulher guardava a lingerie Ele remexeu nas peças, olhou no meio e por baixo e acabou encontrando uma caixinha, que estava embrulhada com papel de presente. Intrigado, a examinou franziu a testa, forçou os olhos, pensou e após lembrar de algo disse para si mesmo: " Ah! É aquele bracelete de ouro que eu dei para ela há três anos. Ela gostou tanto que guardou dentro da caixinha, embrulhada com o mesmo papel que a moça da joalheria usou. Ela gostou tanto e com tanto cuidando que nunca usou ". Depois, desembrulhou o presente, abriu a caixa, pegou o bracelete e disse: " Hoje ela irá usar! ". Dai, dirigiu-se à sala onde estavam outras pessoas, foi até o caixão onde jazia o corpo de sua mulher morta e colocou o bracelete em seu pulso.

Depois disso, o autor do artigo perguntava ao leitor se ele tinha em casa alguma coisa comprada e nunca usada. Ele dizia que as coisas que nós possuímos, independentemente de preço ou valor, só faziam algum sentido se nós as usássemos, se déssemos a ela uma finalidade, uma utilidade. Ele perguntava se o leitor tinha em casa um faqueiro nunca usado, guardado dentro da própria caixa feita pelo fabricante, se tinha peças de porcelana mantidas num armário para um dia serem usadas num jantar nunca oferecido, se tinha roupas dentro do armário que não mais usava nem iria usar ou que nunca usara, etc.

Lembro-me bem da sensação que tive ao ler o artigo. Caiu-me uma ficha e eu lembrei que havia adquirido um faqueiro há muito tempo e que ele estava guardado dentro da caixa. Tomei a decisão na mesma hora. Assim que cheguei em casa, separei todos os talheres que eu tinha em uso, mas que já eram antigos (foi por isso que eu comprara o faqueiro). Dei de presente a quem precisava e coloquei em uso o faqueiro novinho, retirado de dentro da caixa.

Esse artigo me tocou e eu depois fui, criticamente, me vigiando para deixar de ter em casa produtos nunca usados, o que eu faço até hoje, mas que, claro, não interessa referir. O que eu pretendo contando essas histórias é colocar a questão como reflexão nesta nossa sociedade capitalista, na qual muitos nada tem e também muitos esbanjam sobras ou colecionam objetos que não serão utilizados. Já houve quem chamasse a nossa sociedade de sociedade de colecionadores.

Há, é verdade uma tradição na coleção de objetos. Coleciona-se selos, moedas, joias, etc. e que remontam a tempos antigos, como comprovam as exposições de museus. Mas, com o avanço da produção e reprodução cada vez mais precisa e mais barata, os modos de colecionar acabaram crescendo.
Naturalmente, coleciona-se figurinhas até hoje, mas até isso é diferente de nosso romântico tempo de criança. Com a facilidade das compras e quantidade de ofertas, muitas pessoas passaram a colecionar uma série de objetos. Coleciona-se canetas, bolsas, sapatos, gravatas, ternos, vestidos, automóveis (!), etc.

Claro que isso é problema de cada um. Quem pode acaba fazendo se lhe aprouver, mas que é estranho manter certas coleções é. Quero dizer, se for mesmo para estabelecer uma coleção autêntica, com catálogo e demonstração como num museu (não importando nem local nem tamanho) talvez se justifique.
O problema, ao que parece, está mais relacionado ao que o autor disse no artigo. Muitas vezes, a pessoa guarda coisas, repetidas ou não, para nunca usar e daí ela perde a finalidade.

Já se disse que a sociedade capitalista é da abundância, mas, claro, isso não corresponde à realidade. Abundam produtos e serviços, mas faltam condições básicas de sobrevivência para milhões de pessoas.
Aliás, toda vez que uma empresa coloca no mercado algo novo, não é a abundância sua característica, mas sua falta para a maior parte dos que não podem comprar. Então, nessa terra de escassez, manter produtos guardados sem finalidade pode ficar sem sentido.

Evidentemente que há muitas coisas que se pode ter em casa para um dia usar de verdade. Se a pessoa mantém guardados livros, dvds, cds ela certamente poderá utilizá-los. Aliás, esse é o exemplo típico de coleção que vale a pena ter. Livros, filmes, músicas. Mesmo que nós compremos um livro para apenas um dia no futuro lê-lo. Quem sabe, num dia de chuva (como este em que eu escrevo este artigo) a pessoa olhe para o livro na estante e, finalmente, resolva lê-lo. Vale mesmo a pena tê-lo ali por perto. Lembro-me de uma entrevista que li com Umberto Eco. Não sei exatamente os números que o entrevistador usou. Mas, ele dizia que uma pesquisa apontava que milhões de leitores do famoso escritor italiano haviam comprado o último livro que ele publicara, mas que apenas metade (não sei o percentual exato, repito) o havia lido e perguntava o que ele achava disso. Sua resposta foi a de que tudo indicava que as pessoas queriam ler o livro, mas estavam esperando a oportunidade para fazê-lo.
Tê-lo comprado era algo importante porque quando surgisse a oportunidade, elas iriam lê-lo.

Penso que, realmente, vale a pena comprar livros e guardá-los ainda que a leitura somente ocorra no futuro; o mesmo com filmes, com música e coisas semelhantes. Mas, valerá guardar gravatas? Um homem precisa mesmo ter em seu armário vinte ou trinta gravatas (Ou mais)? Uma mulher trinta bolsas ou trinta sapatos (ou mais) ? Aliás, como o design desses produtos varia com o tempo (quero dizer, com a moda imposta ao comportamento social, que muda com o passar do tempo), muitos deles ficarão sem utilidade e muitos sequer serão usados.

É isso. Apenas uma apresentação de uma questão que talvez permita uma reflexão sobre os nossos modos de consumo.

http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI5479891-EI11353,00.html

Lendo este texto lembrei de uma música de Vanusa que fala bem sobre estas mudanças todas. ouça "MUDANÇAS" com Vanusa